Os olhos-de-lata veem
num breu geral,
Numa taverna animada,
Num trânsito
infernal.
Os olhos dilatam para
verem o real,
Privilégio de poucos,
Que se sentem mal.
Os olhos-de-lata
tentam impedir os olhos de dilatarem:
Apagam a luz no
escuro;
Distraem de dia com o
caos.
Do caos vem a ordem:
Ordem e Progresso!
Em uma sociedade
adormecida,
Que não se importa com
o retrocesso.
Prefere a escura
ilusão
À clara harmonia
Num país onde uns são,
Outros não
e os demais fingem
alegria.
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