segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

2084



Os olhos-de-lata veem num breu geral,
Numa taverna animada,
Num trânsito infernal.
Os olhos dilatam para verem o real,
Privilégio de poucos,
 Que se sentem mal.
Os olhos-de-lata tentam impedir  os olhos de dilatarem:
Apagam a luz no escuro;
Distraem de dia com o caos.
Do caos vem a ordem:
Ordem e Progresso!
Em uma sociedade adormecida,
Que não se importa com o retrocesso.
Prefere a escura ilusão
À clara harmonia
Num país onde uns são,
Outros não
e os demais fingem alegria.